terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ainda há tempo para prepararmos atletas para 2016?

Em reportagem do GloboEsporte.com de hoje, são citados vários exemplos de atletas que em pouco tempo se destacaram em seus esportes, partindo praticamente do zero.

No remo, pentatlo moderno e tiro esportivo, alguns atletas brasileiros conseguiram, em menos de 5 anos, começar a praticar um esporte, se tornar campeões e até disputar os Jogos de Pequim.

Alguns fatores podem ser destacados, como a aptidão ou talento do atleta, a dedicação e treinamento, ou o pouco número de praticantes na modalidade, o que facilita a chegada à uma seleção brasileira, já que a concorrência é pequena. Eu destacaria este último.

Isso também pode ser ampliado para as Américas, já que há poucos atletas de destaque nos demais países, à exceção talvez de EUA, Cuba e Canadá. Assim, não seria tão difícil alcançar bons resultados pan-americanos. Com poucos concorrentes, a disputa fica facilitada.

Mas, quando falamos de Jogos Olímpicos, o nível é outro. Uma coisa é entrar nos Jogos para participar. Outra coisa é entrar para efetivamente competir, lutando em iguais condições com os principais atletas mundiais.

A reportagem cita outros esportes que também poderiam seguir o mesmo caminho, como rúgbi, hóquei sobre a grama, tiro com arco e badminton. Em todos eles, há um pequeno número de praticantes no Brasil e as chances de se chegar à seleção nacional são maiores.

Porém, para termos atletas de alto nível, competindo em nível mundial, em iguais condições, é necessário um trabalho muito maior e não será em 7 anos que conseguiremos.

Precisamos investir pesado na base (mais uma vez, escolas, escolas e escolas). Aí sim, de dezenas de milhões de pequenos praticantes, sairão alguns milhões de pequenos competidores, que então poderão ser trabalhados e lapidados para se tornarem atletas. Com uma grande base, a chance de descobrirmos talentos é muito maior.

Imagine, se conseguimos atletas de bom nível com poucos praticantes, o que conseguiríamos com uma enorma base de praticantes.

Confiram a reportagem completa em http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Olimpiadas/0,,MUL1389172-17698,00-MESMO+PARA+QUEM+NAO+E+ATLETA+AINDA+HA+ESPERANCA+DE+CHEGAR+AOS+JOGOS+DO+RIO.html.

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