Em reportagem do GloboEsporte.com de hoje, são citados vários exemplos de atletas que em pouco tempo se destacaram em seus esportes, partindo praticamente do zero.
No remo, pentatlo moderno e tiro esportivo, alguns atletas brasileiros conseguiram, em menos de 5 anos, começar a praticar um esporte, se tornar campeões e até disputar os Jogos de Pequim.
Alguns fatores podem ser destacados, como a aptidão ou talento do atleta, a dedicação e treinamento, ou o pouco número de praticantes na modalidade, o que facilita a chegada à uma seleção brasileira, já que a concorrência é pequena. Eu destacaria este último.
Isso também pode ser ampliado para as Américas, já que há poucos atletas de destaque nos demais países, à exceção talvez de EUA, Cuba e Canadá. Assim, não seria tão difícil alcançar bons resultados pan-americanos. Com poucos concorrentes, a disputa fica facilitada.
Mas, quando falamos de Jogos Olímpicos, o nível é outro. Uma coisa é entrar nos Jogos para participar. Outra coisa é entrar para efetivamente competir, lutando em iguais condições com os principais atletas mundiais.
A reportagem cita outros esportes que também poderiam seguir o mesmo caminho, como rúgbi, hóquei sobre a grama, tiro com arco e badminton. Em todos eles, há um pequeno número de praticantes no Brasil e as chances de se chegar à seleção nacional são maiores.
Porém, para termos atletas de alto nível, competindo em nível mundial, em iguais condições, é necessário um trabalho muito maior e não será em 7 anos que conseguiremos.
Precisamos investir pesado na base (mais uma vez, escolas, escolas e escolas). Aí sim, de dezenas de milhões de pequenos praticantes, sairão alguns milhões de pequenos competidores, que então poderão ser trabalhados e lapidados para se tornarem atletas. Com uma grande base, a chance de descobrirmos talentos é muito maior.
Imagine, se conseguimos atletas de bom nível com poucos praticantes, o que conseguiríamos com uma enorma base de praticantes.
Confiram a reportagem completa em http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Olimpiadas/0,,MUL1389172-17698,00-MESMO+PARA+QUEM+NAO+E+ATLETA+AINDA+HA+ESPERANCA+DE+CHEGAR+AOS+JOGOS+DO+RIO.html.
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