Pesquisadores afirmam que esportistas experientes são melhores observadores e reagem mais rapidamente a situações que precisem de respostas complexas do que outras pessoas que se dedicam menos aos esportes. O estudo, feito pela Universidade de Hong Kong e publicado no periódico científico NeuroReport, chegou à conclusão que determinadas regiões do cérebro (as chamadas regiões corticais) de atletas de elite atingem estágios de ativação bastante acima da média durante um torneio, por exemplo.
Os resultados mostram que quanto mais experientes forem esses atletas, melhores são seus reflexos antecipatórios, ou seja, melhor a leitura do movimento do corpo do adversário, o que os deixa em vantagem para responder adequadamente. Esportes praticados com bolas – futebol, vôlei e basquete, especialmente – dependem de tempo hábil para serem perfeitamente previstos, pois estão sujeitos à interação com diversos jogadores para determinar as consequências dos atos de cada um.
O estudo de Michael Wright foi feito observando o tempo de reação e a atividade cerebral de jogadores de badminton (uma espécie de jogo de tênis cujos movimentos são bastante rápidos), de diversos níveis de habilidade – de curiosos a competidores profissionais. Os pesquisadores apresentavam vídeos de partidas e pediam que esses participantes previssem onde a bola estaria no momento seguinte.
Em todos os participantes, independente do nível, foi observada a ativação de áreas do cérebro relacionadas com observação, compreensão e funções motoras. Quanto maior o nível dos esportistas, mais rápidas as respostas. Isso pode mudar a concepção de como é vista a expertise pessoal desses indivíduos, ou seja, as experiências adquiridas nos esportes não modificam apenas propriedades físicas e anatômicas, mas também podem ter reflexo na melhora da utilização das redes neurais do cérebro.
com informações da Wolters Kluwer Health
Fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=197261.
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