Tenho lido diversas reportagens a respeito do projeto Rio 2016. Várias delas são polêmicas e ressaltam diversos erros cometidos na realização do Pan 2007, cujos gastos foram dezenas de vezes superiores ao previsto inicialmente.
Uma grande crítica é o mau uso do dinheiro público e os gastos astronômicos sem licitação. Outra é a falta de legado para a cidade. Realmente, o Rio de Janeiro praticamente não viu legado.
1) O trânsito não teve nenhuma solução definitiva e continua caótico.
2) Não houve a esperada melhoria na segurança.
3) Não houve despoluição da Baia da Guanabara e das lagoas da Barra da Tijuca.
4) As modalidades esportivas praticamente não viram soluções, temos diversos elefantes brancos sem uso e as federações locais continuam totalmente desestruturadas para desenvolver o esporte na cidade.
5) Temos ainda a Vila Pan-americana, que é um total fiasco, alvo constante de brigas na justiça entre os compradores e a construtora. Quase nada do que foi prometido foi construído. Há somente os prédios e algumas piscinas, mas o parque esportivo não foi construído e as favelas no entorno não foram removidas.
Podemos, com isso, ter esperanças na realização do Rio 2016? Para mim, há um misto entre esperança e desconfiança. É muito difícil, com o histórico que temos, confiar no poder público e em nossos dirigentes esportivos. Mas, a esperança é a última que morre.
Alguns detalhes do projeto já estão previstos no plano para a Copa de 2014. Isso talvez já resolva diversos problemas. Mas, as promessas são parecidas com as que havia antes do Pan 2007. Será que desta vez serão cumpridas?
Para o badminton, não houve legado do Pan. Em reportagem recente, vi que o badminton foi incluído entre 11 modalidades que farão parte do Centro Olímpico de Desenvolvimento de Talentos, que utilizará as estruturas já prontas no Velódromo e no Maria Lenk. Este projeto parece já estar nas mãos do Ministério dos Esportes. Mas, para o Rio 2016, mais uma vez a instalação do badminton será provisória. Isso está longe do ideal e de ser um verdadeiro legado.
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