Recentemente, vimos uma série de discussões a respeito da destinação dos recursos da Lei Agnelo-Piva. Um grande movimento dos clubes formadores de atletas foi iniciado e o resultado começa a aparecer. O Ministério dos Esportes já começou a pensar em alterações na lei para destinar uma parte dos recursos aos clubes formadores. Se fala em um percentual de 30%.
Eu acho muito justa a reivindicação dos clubes. Afinal, eles investem, preparam os atletas, utilizam seus recursos, técnicos, preparadores físicos e no final nada recebem em troca. E COB e Ministério dos Esportes acabam levando o crédito pelas medalhas que conquistamos.
Fico com uma pulga atrás da orelha. E as federações esportivas? Uma parte da verba vai para o COB, outra para o CPB (Comitê Paraolímpico Brasileiro), outra para as confederações e talvez agora uma parte para os clubes formadores. Mas as federaçoes não poderiam receber algo também? Mesmo que uma mínima parcela para manterem a parte administrativa e os circuitos estaduais, principalmente de base.
Não adianta, em minha opinião, termos clubes formadores se não há circuitos estaduais ou outras opções de competição. A impressão que fica é que iremos estruturar a base (clubes formadores) e o topo (confederações e comitês olímpicos). Mas e o meio? É como se construíssemos uma casa com seus alicerces e telhado, mas sem paredes.
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