(Extraído do Jornal O Fluminense)
Por: Giovani Pagotto 18/04/2010
Dinâmico, democrático e divertido são as características que sintetizam bem o esporte, novo no país, mas um dos mais praticados e antigos do mundo
Dinâmico, democrático e divertido. Essas três palavras sintetizam bem o badminton, um dos esportes mais praticados e antigos do mundo e que começa a crescer no Brasil e em Niterói. Cria do Morro do Preventório, em Charitas, Elaine Terra conheceu a modalidade aos dez anos de idade quando fazia parte do Projeto Grael, onde aprendia vela. Em um dia sem vento, seu treinador à época, José Inácio, a convidou junto dos outros alunos a conhecerem um novo esporte, que acabou transformando a vida de Elaine.
“Lembro que estava um dia sem vento e não podíamos velejar e o Inácio nos disse que iria nos mostrar um esporte novo. Ele foi ao carro, pegou as raquetes e a peteca e fomos para a quadra. Hoje, já são mais de dez anos praticando a modalidade, cheguei à Seleção Brasileira e conheci lugares que nunca sonhei em conhecer. Eu não seria nada sem o esporte”, disse a promotora de vendas, que divide seu tempo em campus de universidades onde faz cartão para os estudantes e os treinos, à noite, nas segundas e quartas-feiras.
O badminton é considerado um dos esportes mais praticados no mundo pelo simples fato de ser a modalidade mais conhecida na China, o país de maior população no mundo. Indonésia e outras nações populosas da Ásia também são potências no esporte que mistura vôlei, tênis e peteca.
Porém, para Eduardo Braune, que treina Elaine e conta com um projeto no colégio Salesiano, em Santa Rosa, onde instituiu a modalidade como matéria obrigatória da grade curricular, espera que o esporte ganhe mais apoio das autoridades.
“A falta de incentivo é o que afeta mais a modalidade. Precisamos de treinar em uma quadra sem vento, com raquetes que custam mais de R$ 100 cada e com redes e petecas. Temos talentos por aí e eles não sabem o que é o badminton, mas o esporte vem crescendo muito”, conta o professor que tem cerca de 40 alunos nas aulas particulares à noite e mais de 300 que praticam durante a educação física do colégio.
Para praticar o esporte é preciso uma rede, estilo da utilizada nos jogos de vôlei. Porém, a uma altura de cerca de 1,55m, uma raquete um pouco menor que a de tênis para cada competidor e uma peteca, que pode ser de náilon para iniciantes e uma de pena de ganso para os especialistas.
Com a peteca podendo chegar a mais de 300km/h, o jogo é veloz e precisa de um esforço físico muito grande, mas não influencia na capacidade do jogador, podendo qualquer um praticar a modalidade.
“Eu tenho aqui no projeto alunos de 63 anos, que é o Aidir jogando na mesma quadra com garotos de 11 ou dez anos. É um esporte totalmente democrático e o Aidir dá um banho em muita gente aqui, joga muito mesmo”, diz Eduardo ao desafiar o engenheiro aposentado para uma partida de exibição.
O Fluminense
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