terça-feira, 12 de julho de 2011

Corrida para Londres 2012 - Daniel Paiola

Até o momento, Daniel é o brasileiro com a melhor perspectiva de classificação para Londres 2012. Ele tem se mantido em uma boa posição no ranking mundial de simples masculina, o que o coloca bem posicionado nas chaves dos torneios, apesar de ainda ter o risco de pegar alguns cabeças-de-chave até a segunda rodada das competições.

Olhando o seu ranking, ele tem atualmente cerca de 17.210 pontos e eu já havia publicado (neste post) que o ideal é ele ter pelo menos 21.000 pontos para se classificar para Londres 2012.

Como ele avançou para a segunda rodada do US Open, ele garante pelo menos 1.670 pontos, que é a mesma pontuação que obteve no ano passado. Ou seja, ele conseguiria defender os pontos, que serão valiosos no final. Como ele enfrenta o tailandês Boonsak Ponsana (10º do mundo) hoje, a menos que uma enorme zebra aconteça, o brasileiro deve sair derrotado e ficar mesmo com os 1.670 pontos.

Bom, como o ranking mundial leva em conta os 10 melhores resultados de cada atletas, para conseguir os 21.000 pontos, Daniel deveria obter em média 2.100 pontos em seus principais torneios. O que significa isso?

Olhando a tabela de pontuação dos torneios da BWF, temos as seguintes situações onde Daniel poderia chegar a esta pontuação (qualquer colocação abaixo não atingiria os 2.100 pontos):
- Torneios BWF (Mundiais e Jogos Olímpicos): 3.000 pontos se ficar entre os 32 primeiros (Daniel ficou entre os 64 no último Mundial, obtendo 1.200 pontos).
- Finais do BWF Superseries / Superseries Premier: 2.660 pontos se ficar entre os 32.
- Superseries: 2.220 se ficar entre os 32.
- Grand Prix Gold: 2.750 se ficar entre os 16.
- Grand Prix: 2.750 se ficar entre os 8.
- International Challenge (Brazil International, por exemplo): 2.200 se ficar entre os 8.
- International Series: 2.130 se for vice-campeão.

Se Daniel tiver sorte no sorteio do Mundial, ele pode enfrentar um adversário que consiga derrotar. Se fizer isso, ele garante os 3.000 pontos citados acima. Ajudaria muito.

Os torneios Grand Prix, Grand Prix Gold, Superseries e Superseries Premier são muito difíceis, os principais atletas do mundo participam e é muito complicado passar da primeira fase. É arriscado participar destes torneios, mas não se pode descartá-los. Tanto é que Daniel conseguiu boa pontuação em alguns deles, mas ainda não o suficiente.

Uma exceção é o Pan de Guadalajara, no México, que conta pontos como um Grand Prix, mas é disputado apenas por atletas das Américas e se torna uma grande oportunidade para pontuação. Se Daniel chegar às semifinais, por exemplo, ele conseguiria excelentes 3.500 pontos.

No mais, temos os torneios International Challenge e International Series, com pontuação menor, mas com maior possibilidade de avançar de fase. Lembrando que mais atletas da Ásia e Europa costumam entrar nesses torneios no período de classificação olímpica, justamente por este motivo. Então, o nível aumenta e esses torneios se tornam um pouco mais difíceis.

Pelo ranking do Daniel, suas 10 melhores pontuações foram em 1 Mundial, 2 Grand Prix Gold, 1 Pan, 5 International Challenge e 1 International Series.

Não podemos deixar de considerar que os adversários diretos do Daniel (esse que estão próximos da posição 80 do ranking) também passarão pelas mesmas dificuldades. Então, a briga será muito boa e apertada até abril/2012.

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